A besta-fera ataca e é impiedosa



Heloisa foi convidada a almoçar na casa da besta-fera. Até que foi um pouco bem tratada. Porém notou vestígios de poeira secular pela casa, que não tinha limpeza eficaz. Tudo era varrido para debaixo do tapete, como a esconder as mazelas podres da vida sem sentido. A besta - ou melhor, o besta - a seduziu, a enredou e com seu abraço tórpido, a fez cair em uma ilusão tola. O beijo surgiu, porém meio sem graça e sem vitalidade alguma. Daí surgiu a cama apenas para satisfazer os anseios pérfidos da besta, o besta. E ele queria todo dia, tal qual um animal com seus instintos primários. A besta-fera surgiu em um dia onde o homem que outrora fora revestido de pele de cordeiro se rebelou. Mostrou-se imperativo e tosco. Um verdadeiro idiota de fraldas capaz de destruir a própria vida. Dia irá chegar onde o estúpido realizará o tão desejado coito com a própria filha caçula, após estar enebriado de vinho e haxixe. Filha lésbica e cínica que ele a guarda como se fosse um anjo. Ora, mas para o diabo o que serão os anjos? Essa gente não tem alma nem tampouco coração. Vivem a vida de qualquer jeito, enganando-se que são iluminados se metem a comer arroz integral todos os dias. Engasgem-se com o arroz e o pão de bosta produzidos por suas garras imundas. Sumam daqui peçonhentos. Voltem para as entranhas de onde saíram, tal qual meros ratos fétidos de bueiros de uma grande metrópole.

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