As rotas janelas abertas



As rotas janelas cansadas de tanto existir agora se mostram abertas para a passagem do ar. E também do prana. Acalentadas pelos bons ventos que sopram de terras longínquas e distantes as rotas janelas se deixam levar e se permitem permanecer abertas.

O fluxo contínuo de ar puro as revigora. O que era triste passa a ter outra conotação de alegre e vívido. As feridas são reconstruídas com argamassa branca e as frestas pintadas com tinta vibrante.

A vida passa a emamanar daquela janela. Vida que se propõe a pular, a saltar e a correr. O movimento suave de pipas que voam no céu azul de um belo dia de domingo. A roda da bicicleta que gira com vontade de tudo.

E este TUDO gera movimento que é traduzido pelo simples gesto de se abrir a janela e conseguir mantê-la aberta.

O cheiro do café é fresco e quente, o sabor do bolo de fubá com manteiga exalta os nossos sentidos que estão abertos, arreganhados e prontos.

A vida se completa e já ganha mais significado, dentro do movimento incessante da roda que gira, da colher que mexe, da pipa que plana, da câmera que registra cada movimento e documenta este universo cheio de cores e sabores que se faz presente e atua, como um maravilhoso passe de mágica.

hei-hei-ayin

Comentários