A Medusa

A perigosa medusa que passa aos olhos do mundo como bela, na verdade é artífice das ilusões por enganar a todos. Seu porte físico é longuilíneo: mulher alta e magra acaba que passa por desengonçada – e não pode se dar ao luxo de usar sequer um sexy salto alto, pois fica tão alta como uma girafa! Seus cabelos encaracolados são como negras cobras que saem de sua cabeça, a destilar o veneno que ela lança ao mundo.

Criatura cruel, sua postura perante a vida é a de devorar a tudo, tomar espaços alheios: ela se “acha”, só ela “pode”. Possuidora de um ego tão inchado, chega a se achar detentora de extrema competência e de ser imprescindível, coitada! Ilude com sua aparente calma e voz macia. Mas quando se irrita chega a grunhir selvagem e colocar as garras de fora.

Quer sempre aparentar ser a mulherzinha comportada, quando é uma víbora com najas negras na cabeça. A cobra criada teve sua primeira experiência sexual com um primo, mas conseguiu fazer com que um namorado a desposasse. O pobre diabo até o nome de família a ela deu. Só que a medusa nunca esqueceu o amor proibido que é o primo – este inclusive compareceu ao circo da cerimônia do casamento. Anos depois, o encanto marital acabou – como já era de se esperar – e a megera continuava a copular com o amado primo quando podia. Parece acontecimento de novela, mas a mulher emprenha do primo-amante-paixão-única-de-sua-maldita-vida no ano 7 do casório farsa que ela fez questão de participar. Mas como? A família não podia descobrir isto. Seria um escândalo. Engravidar do amante-primo? A megera de forma compulsiva começou a ter sexo com o marido, para que este pensasse ser o pai biológico do ser que já habitava a sua barriga. Ainda disse que o rebento nasceu de 8 meses.

A prova da deslealdade da medusa, a cada dia fica mais evidente. Mas ela é tão fria que não se apavora, pois como ela se “acha”, acredita que ninguém nunca vai se dar conta que sua cria só se parece com ela, não com o marido. Só que o tempo é o senhor da razão e não se pode enganar a todos para sempre. A grande lei do retorno será impiedosa com tal perversa mulher: infiel, desleal, cínica, convencida, bonitinha, mas ordinária...

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